terça-feira, 20 de março de 2007
A Última Rosa (onde tudo se extingue)
"Senhora dos silêncios
Serena e aflita
Lacerada e indivisa
Rosa da memória
Rosa do oblívio
Exânime e instigante
Atormentada e tranquila
A única Rosa em que
Consiste agora o Jardim
Onde todo o amor termina
Extinto o tormento
Do amor insatisfeito
Da aflição maior ainda
Do amor já insatisfeito
Fim da infinita
Jornada sem termo
Conclusão de tudo
O que não finda
Fala sem palavra
E palavra sem fala
Louvemos a Mãe Imaculada
Pelo Jardim
Onde todo amor termina."
(T.S.Eliot)